Hoje percebi que ainda tenho medo do escuro
Que acredito nos monstros
Tão reais quanto os armários que habitam
Doente de imaginar
Que vejo gente onde não tem
Que sinto amor onde não há
Que forjo força
Respiro fé e devolvo desespero à atmosfera
E sofro porque pensei
E pensei
Vi a vida e me assustei
Com o carro que passou na rua
A criança que chorou na noite
Era minha e não era.
Chorava por mim e eu por ela
Pouco importam as paredes, as portas, janelas
O que está do lado de fora me inunda quando quer
Fecho portas que só eu poderia abrir
Depois esqueço onde deixei a chave
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